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terça-feira, 29 de janeiro de 2013





Esses dias recebi uma linda mensagem da Mariana Melgaço que dizia assim:

“Me faz bem ler Deisedepequenininha. Escreve mais, vai!”

Pois bem, hoje vou contar como eu a conheci então, porque foi um episódio épico.
Depois de passar um tempo morando em Belo Horizonte, voltei à Itabira para estudar. O que foi muito difícil para mim, pois quando saí da cidade, eu era uma atleta: Não bebia, não saia e não conhecia ninguém com esses hábitos. Retornando à cidade, eu já era da turma da manguaça e não tinha nenhum amigo que me acompanhasse. Por isso mesmo, quinzenalmente eu vinha passar o fim de semana em Belori Hills com Eduardo Amaral e a Liga da Justiça (carinhoso nome da nossa turma).

Em uma dessas vindas (tenho várias histórias dessas vindas para contar), saímos no sábado (não me recordo para onde) e no domingo o Guilherme me convidou para um aniversário surpresa de sua melhor amiga. Como eu já havia gasto todas as minhas economias e teria que trabalhar na segunda de manhã, inicialmente recusei o convite, mas o Eduardo arrumou um cheque não sei de onde para pagar minha parte (cheque este que não tinha uma origem muito confiável, porque ele combinou com a organizadora da festa que o pegaria de volta e passaria o dinheiro na terça). Vendo tamanho esforço do meu amigo, me comovi e resolvi ficar para o tal evento.

Na ida passamos por dentro de uma feirinha de rua onde eu resolvi parar para comer um churrasquinho. É como se fosse um daqueles prazeres do filme O Fabuloso Destino De Amélie Poulain: Churrasquinho e cerveja! Isso me afaga a alma de um jeito, que eu fico extasiada... E o Guilherme rindo da minha cara: “É pobre demais mesmo!!!! A gente indo pra festa e ela comendo churrasquinho na feira!” O detalhe é que já era mais ou menos duas da tarde e nós não havíamos comido nada antes de sairmos de casa.
Chegando a tal festa, a organizadora estava distribuindo uma folha A4 e canetas para que os AMIGOS da Mariana deixassem uma mensagem para ela no mural. Minha vergonha começou por aí. Como eu não sabia nem de quem se tratava, escrevi só “Felicidades, Nana”! E todos já olharam estranho para aquele papel miserável entre tantas mensagens enormes no lindo mural da Mariana.

Enquanto eu passava essa vergonha, o Eduardo e o Guilherme já estavam servindo nossos copos de cerveja e procurando por comida. Qual não foi a surpresa dos dois quando viram que só havia petiscos e eles de estômago vazio. Essa foi minha vez de rir da cara deles, óbvio.

Assim passamos a tarde bem agradável (tinha muita cerveja), com pessoas bastante agradáveis também. Inclusive, uma perguntou: “Você conhece a Nana de onde?” e eu: “Não conhecia não, os meninos que me convidaram...” Então a doida começou a gritar para a festa inteira, que rapidamente se juntou no coro: “Bico! Bico! Bico” (Segunda vergonha).

A terceira vergonha veio quando meus amigos, não me lembro por qual razão, se desentenderam e saíram no tapa no meio da festa da menina que eu não conhecia e tive que separá-los (isso porque já eram umas 6 da tarde e os dois bebendo de estômago vazio). Mas, eu com toda a minha diplomacia os fiz fazerem as pazes e enfiei um pedaço de salaminho na boca de cada um para amenizar o efeito do álcool.

Assim as pessoas foram indo embora, indo embora, indo embora... E adivinhem?! Por fim só estávamos nós três, a aniversariante e a organizadora do evento, que também era moradora do condomínio onde a festa ocorria. Elas juntaram todas as coisas, conversamos bastante e eu finalmente conheci um pouco mais sobre a Mariana [Nana ou Minduim (porque ela é do tamanho de um amendoim japonês, que tinha na festa)].
Enfim, as meninas já estavam morrendo de sono e olhando pra nós com cara de “Vai embora, gente! Pelo amor de Deus...”

Mas ainda tinha muita cerveja e estávamos todos animadíssimos. O Guilherme inclusive resolveu que iria sair para comprar cigarro (umas 10 da noite), mas a anfitriã disse que de forma alguma o deixaria sair uma hora daquelas e subiu ao apartamento para pegar um cigarro para ele. Para a nossa sorte, a Mariana foi junto e nós nos olhamos simultaneamente e falamos juntos: “Tô morrendo de fome!!!” E então alguém deu a ideia de procurarmos os petiscos que já estavam guardados na cozinha. Abrindo o freezer, a única coisa que encontramos foram dois recipientes enormes que estavam com patê de milho e o outro de alho. Bêbados como estávamos, não pensamos duas vezes... Comemos o patê todo (na mão) enquanto as meninas não voltavam. Quando elas chegaram nós estávamos com um bafo tão horrível de alho que despedimos delas e fomos embora (analisando as músicas da Marina Lima pela rua: “Qual o sentido e Eu tô grávida de um liquidificador??? Quaaaal? Nenhum!!!!” Dizia o Guilherme).

Um comentário:

Dª fulô. disse...

Lembro-me de você ter me contado essa proeza de história. Mas não com tantos detalhes. A Mariana é uma pessoa maravilhosa!!!