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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Poeminha Canalhinha

Meu pé de laranjinha
Que anda cheinho de flor
Se você prometer
Que vai me amar
E me dar carinho
Eu sei que é inverno
E à noite faz friozinho
Mas eu prometo de pé juntinho
Que te faço sentir calor!

sábado, 7 de agosto de 2010

Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio...


Em meados de 2002, fui selecionada para trabalhar como entrevistadora em um grande instituto de pesquisa, durante as históricas eleições que colocaram o sr. LILS para comandar nossa nação.

Devido ao segundo turno, tivemos que dar apoio às equipes do sul do país, e eu fui escalada para passar vinte dias no maravilhoso Pantanal Sul Matogrossense e a aventura começou com nosso supervisor dizendo que devíamos levar muita roupa de frio, pois lá era gelado, por ser no sul. Comprei luvas, touca, cachecol, e fui linda.
Quando desembarquei parecia que estava em uma sauna. O termômetro da rodoviária marcava exatos 42 graus. Sim, eu disse rodoviária, pois não havia passagem aérea para toda a equipe.

Dentre todas as aventuras que me aconteceram nesses vinte dias, a que mais me marcou, foi sem dúvidas a minha ida a uma tribo indígena, a Tribo Limão Verde:


Primeiramente, para fazermos nossa pesquisa na aldeia, tínhamos que pedir permissão ao cacique.A aldeia era gigante e tivemos que andar horrores procurando o cara. Eu fiquei impressionada, porque as ocas deles (que eu esperava que fossem aquelas tradicionais, de palha), eram de tijolo e cimento. As mulheres vestiam aquelas saias indígenas, e os homens, graças ao bom Deus, vestiam um short.

Depois de andarmos toda a aldeia atrás do cacique, o encontramos em sua Oca - Mor e vocês não vão acreditar. Ele tinha OITO MULHERES! Sim, eu disse OITO. Como ele não falava nossa língua (pra mim ele estava fazendo é linha, pois todo mundo falava português), precisamos de um intérprete. Ele falou, falou, falou e finalmente liberou o nosso trabalho. Com a condição de que voltássemos lá quando acabasse.

Andamos a aldeia inteira e conseguimos enfim finalizar a pesquisa. Quando voltamos lá pra agradecer, o cacique super poderoso, rodeado de suas OITO MULHERES nos oferece um doce de caju em calda feito especialmente por suas esposas. Detalhe: Eu ODEIOOOOO caju, faço até vômito com o cheiro... Obviamente, eu agradeci e falei que não queria. Meu parceiro fez o mesmo, mas o cacique com aquela flecha nas costas disse:
"Vai fazer desfeita pra cacique e pras mulher de cacique?"
Pensei no quanto eu queria sair viva daquela aldeia e respondi:
_Claro que não, né seu cacique!Pode colocar um pouquinho aí pra mim...

Então ele me dá um copo duplo lotado de doce... E eu com medo de vomitar e tomar uma "frechada", comi bem devagar e prendendo a respiração. Lembrando de quando minha mãe nos obrigava a comer verdura, tomar remédio, etc com seu aterrorizante chinelo na mão... Quando estava no último pedaço, tinha uma formiga amazônica no meu doce que mais parecia um rato!Eu prendi a respiração,arredei a formiga e olhei apavorada para o meu parceiro, que me ohou com a mesma cara e os olhos cheios de lágrima. Quanto mais eu partia o útimo pedaço, mais formiga eu achava. Minha vontade era jogar aquele copo longe e sair correndo,desviando das flechadas.

Mas aguentei firme e terminei. Fomos embora calados e duros de tanta tensão, e quando
saimos da aldeia, falamos juntos:
Puuuuuuuuuuta que pariu, meu doce tinha umas formigas gigantes!!!!!!

Acho que elas faziam parte da compota...