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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Teriam os Cães Espírito Natalino???




Bom, meus caros...

Como é chegado o fim do ano, meus afazeres se triplicam e ando sem tempo para postar minhas insanidades. Mas hoje vocês se deliciarão com mais uma história que só poderia ter acontecido comigo nesse universo de infinitilhões de pessoas.


Isso ocorreu há uns 4 anos atrás, quando eu morava em Itabira e trabalhava como garçonete em um famoso restaurante da cidade. Era sexta - feira, dia de muito movimento norestaurante e véspera da véspera do Natal. Nós, funcionários do restaurante, fomos agraciados com um grande chester e uma garrafa de vinho chileno. Como eu iria trabalhar até de manhã, pedi a minha mãe que me levasse até o trabalho para pegar minha sacolinha de Natal; coisa que ela se negou a fazer porque estava chovendo. Sim, ela me deixou ir trabalhar na chuva, ficar a noite inteira no restaurante e voltar no ápice do meu cansaço às 5 horas da manhã carregando um maldito chester e uma garrafa de vinho, de ônibus!


Pra piorar minha situação, o ônibus que passava às 5h me deixava no começo do meu bairro e eu tinha que andar uns 15 minutos passando por um atalho no meio do mato para chegar em casa. Mas eu já estava acostumada com o trajeto, não tinha problema. O problema todo era o ódio que tomava conta de mim por causa da "miserinha" da minha mãe. Jurei que iria comer o chester e tomar o vinho sozinha, ninguém iria encostar a mão nele!


Subindo o atalho, pensando nessa minha vingança cheia de rancor, passo atrás de um boteco que era tipo um quiosque, que tinha como vigia o Rotweiler do proprietário. Continuei a subir e o cachorro começou a latir como de costume. Mas dessa vez, diferentemente das outras, o danado apareceu na entrada do bar. Eu pensei comigo: "Nossa, mas essa corrente dele é grande, né?" e continuei andando, quando percebi que ele havia saído do bar, arrastando sua corrente.

Então olhei para trás e pensei novamente: "Nuss, é grande pra caralho essa corrente!!!" E foi então que me dei conta de que o bicho estava era solto!


Minha vida passou por inteiro em minha mente. Principalmente as histórias que eu ja vi no jornal sobre pessoas que morrem por ataques de Rotweiller. Fiquei estagnada na metade da escada que estava subindo e o bicho se aproximando... Eu pensei em Deus, na minha mãe, na virgem Maria...Depois achei um desaforo morrer na véspera do Natal com tanta cerveja que ia rolar. Nesse desespero, pensei que ninguém iria escutar meus gritos, por mais altos que fossem.

Nisto, o cachorro já estava a uns 2 metros de distância de mim, com aquela boca cheia de dentes afiados, preparando o seu bote. Quando ele agachou pra pular (em meu pescoço, imagino eu), eu joguei minha sacolinha com o chester e o vinho atrás dele e fechei os olhos. Não é que deu certo?


Quando a garrafa de vinho quebrou , chamou a atenção daquela aberração, e ele foi ver o que era. Um frangão daqueles ele não deve ter pra comer todos os dias, né? Enquanto ele rasgava a suculenta carne do chester, eu corri, mas corri, mas corri tanto, como nunca antes na vida! Olhando pra trás pra ver se ele não me seguia. Cheguei em casa e sentei na porta chorando e tremendo e querendo matar a minha mãe, mas depois, pensando bem, se ela tivesse buscado a sacolinha, o que eu iria jogar para o cachorro???


No final das contas o proprietário do bar me deu outro chester e outro vinho, que se não me engano, foram consumidos em nossa reunião de fim de ano no CEC - Centro de Entretenimento dos Couto, onde todo mundo olhava pra minha cara e começava a rir lembrando do caso.
Feliz Natal a todos, e cuidado com os Rotweilers

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

PROFISSÃO: Eletricista

 Não sei se eu já mencionei aqui, mas meu pai tinha uma oficina de automóveis na frente da nossa casa. Eu sempre ficava perplexa diante a maravilhosa caixa de ferramentas dele. Nunca vi outra caixa de ferramentas tão completa quanto. Sempre que podia, ia lá e roubava alguma chave, alicate, etc.
Foram vários os relógios que eu desmontei e nunca mais funcionaram. Fato, aliás que não entendo até hoje, pois eu sempre montava do jeitinho que era!
Um dia nosso chuveiro queimou a resitência e meu pai mesmo foi consertá-lo. Fiquei de cima dele e aprendi a consertar a resistência também. Dizem.
Diante de tal poder de consertar tudo com minha sabedoria e as ferramentas do meu pai, um belo dia o ferro de passar roupas parou de funcionar e eu resolvi que iria dar um jeito sozinha naquela situação.
Minha irmã, que devia ter uns 9, 10 anos, precisava ir pra aula, e eu tinha que passar seu uniforme. Então peguei logo algumas chaves, abri o ferro, mexi, mexi, cortei alguns fios, e pronto! O ferro estava "Tinindo".
Mas eu nunca fui boba nem nada, a malandragem falou mais alto. Falei pra minha pequena:
_Oh, não! Estou muito ocupada aqui, você pode ligar o ferro para mim?
Ela, sem imaginar que eu estava era com medo de testar meu próprio serviço de eletricista, foi toda inocente ligar o ferro.
Coitada... Só ouvi uma explosão. A tomada explodiu, deixando uma fumaça seguida de um grito dela. Corri achando que a havia matado, e ela chorava desesperadamente no chão. Perguntei:
_Você tomou choque?
_Nãããão... (choro, choro, choro).
Não me contive e quase morri de tanto rir,a cara dela de espanto era muito engraçada!
No fim, ela foi pra aula com o uniforme amassado e meu pai teve que comprar outro ferro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Gente Coisa é Outra Fina!


Uma coisa que poucos sabem sobre minha vida é que eu já fiz teatro. Sério! Na escola, de 1ª a 4ª série, eu era a sensação das artes cênicas. Muito aplaudida por minhas performances, eu arrancava elogios de todos os professores. Mas, como se sabe, 15 minutos de fama às vezes terminam aos 14.30.
Era época de folclore e tinha uma peça muito importante que seria apresentada à toda a escola, e eu, claro, fui chamada para participar. Na mesma empolgação de sempre, fui à reunião para definição dos papéis. Tinha papel de Iara, Mula sem cabeça, curupira, todos os personagens folclóricos possíveis. E eu não sei de onde, se passou por minha cabeça que seria maravilhoso fazer o papel da Iara, sereia de água doce, linda, encantadora. Acho que eu queria impressionar um menino do qual eu estava afim.
Mas como sabemos, urubu caga demais na cabeça de algumas pessoas, principalmente nas pessoas de cor, né?! Não deu outra, me foi negado o papel de Iara e determinado o papel de saci pererê.
Não escondi minha chateação, falei com minha mãe, que prontamente já disse:
_Eu mesma vou fazer sua roupa, vai ficar linda, não fique triste!

Depois de alguns dias de ensaio, era chegada a hora de encarar o palco. Minha mãe, que não havia feito minha roupa, improvisou uma meia calça preta dela pra eu colocar as duas pernas em um buraco só e parecer que eu realmente era perneta. Que ódio!
Na verdade, minha mente maquiavélica queria colocar fogo no cenário, porque eu não era a Iara. Pelo menos poderia colocar a culpa no travesso Saci!

No meio da peça, eu, com os pés presos, totalmente desconfortável, errei uma fala, e minha mãe já fez cara feia na primeira fila. Ela ficava fazendo sinal para que eu pulasse. Eu já não aguentava mais, até que uma hora, eu me desequilibrei e me esborrachei no chão. Não esqueço: Infinitas mil pessoas rindo, deliciando- se da minha queda. Fora as piadinhas dos coleguinhas que tive que aturar até não se falar mais en folclore na escola...

Resultado: Nunca mais participei de peça nenhuma.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Psicologia 171


Tem algumas coisas(pensamentos/histórias/regras/ect) que me assustam desde os primeiros momentos depois que saí barriga da minha mãe, por exemplo:

Achar Que Meu Pai Era Gay.

Hoje quando acordei estava passando uma matéria sobre bicicletas em algum canal por aí e a trilha sonora da matéria era Bicycle Race, do Queen.
Imediatamente me veio à memória o meu pai. O cara gostava de Queen pra caramba quando eu era pequena! Aí me lembrei de que há alguns anos atrás, analisando o gosto musical dele, cheguei à conclusão de que ele era gay. Vejam bem, as coisas que eu cresci ouvindo com ele:

*Queen -Ele tinha TODOS os cd's. E curioso: Nós não tínhamos cd player.
*Elton John- Não preciso nem falar nada.
*ABBA-Vários discos e fitas;
*Roxette- Sem comentário;
*Phil Collins, e por aí vai....

Ele até jogava futebol, mas era o pior do universo, ou seja não nasceu pra isso.
Fui ficando encucada com isso, imaginando meu pai de shortinho de corrida (que se usava muito antigamente e algumas Bills ainda o usam) camiseta, tênis de corrida cantando I Want To Break Free ...

Por um tempo isso ficou martelando na minha cabeça, mas meu pai já arrumou tanta confusão com a mulher do próximo, que concluí que Era pra ele ser gay, mas ele é tão macho que não deu certo.

Dizem.


*Obs, ainda bem que meu pai é um excluído digital, senão isso daria em processo.